06 de junho de 2025
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CAMPO GRANDE (MS)

MP cobra plano da prefeitura para frear avanço de síndromes respiratórias

Surto de vírus e filas por leitos expõem falhas na saúde de Campo Grande

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 76ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, instaurou um procedimento istrativo para acompanhar e cobrar ações das secretarias estadual e municipal de saúde visando à ampliação da cobertura vacinal contra agentes causadores de síndromes respiratórias na capital. A medida atende à recomendação do Ministério da Saúde e responde ao aumento de casos e internações, especialmente entre crianças.

Segundo o edital publicado em diário oficial, o MPMS destaca a necessidade de estratégias urgentes para ampliar a vacinação, incluindo a realização de campanhas em locais de grande circulação, como escolas, feiras, terminais de transporte e instituições de longa permanência para idosos. O objetivo é conter a elevação dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e reduzir a sobrecarga nos serviços de saúde.

Dados apresentados pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) indicam que, até 30 de maio, a cobertura vacinal dos grupos prioritários em Campo Grande era de apenas 44,62%. Além disso, foram notificados 1.048 casos de SRAG, com 72 óbitos registrados. O MPMS ressalta que, apesar de medidas como a ampliação do horário de atendimento em 66 unidades de saúde e ações de vacinação em escolas e instituições, ainda há insuficiência de leitos clínicos e de UTI pediátrica na capital.

A Promotoria também cobra a elaboração de um plano emergencial para a internação de crianças que aguardam leitos em unidades de pronto atendimento e hospitais, incluindo a possibilidade de transferência para outras cidades ou estados, com garantia de transporte adequado.